sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015


  Espectro de Absorção 


    Veremos agora o espectro de absorção de um elemento químico no estado gasoso atômico

Para isso, vamos considerar um experimento em que é usada uma fonte de luz de espetro de emissão continuo do vermelho ao violeta. Essa fonte pode ser o filamento de uma lampada de incandescência 
 Como na montagem experimental proposto agora pouco para se obter o espectro de emissão, neste caso, a luz proveniente da fonte também passa por duas fendas, obtendo-se um estreito pincel de luz
 antes de passar por um prisma óptico,esse pincel atravessa um ampola de vidro dentro no qual existe um elemento químico no estado gasoso atômico
 Em seguida, o pincel passa pelo prisma, onde é decomposto, e incide em um filme fotográfico. Nesse filme fica registrado um espectro composto de cores que variam gradualmente do vermelho ao violeta, mas com algumas linhas escuras que correspondem ás frequências das radiações que desapareceram do espectro continuo original, por terem sido absorvidas e espalhadas pelos átomos do interior da ampola 
  As linhas escuras observadas constituem o espectro de absorção ( na região visível ) do elemento e também permitem Identifica-lo

 Em 1814, o físico alemão joseph von Fraunhofer ( 1787-1826), usando um prisma óptico, observou linhas escuras no espectro ( continuo ) da luz produzida pelo sol. Essas linhas receberam o nome de linhas de Fraunhofer e correspondem ás frequências das luzes absorvidas e dispersadas pela cromosfera solar, que é gasosa e rarefeita
  Por meio desse espectro de absorção foi possível descobrir elementos químicos existentes no Sol. O Hélio, por exemplo, foi descoberto no sol primeiro e ó depois na terra.
 A análise dos espectros de absorção também possibilitou identificar elementos químicos em outras estrelas. Foi ela que levou o Astrônomo norte-americano Edwin Powel Hubble ( 1889-1953) a propor em 1929, a teoria do Universo em expansão
  Hubble observou que as linhas espectrais de elementos químicos identificados na luz das galaxias eram recebidas na terra com frequências diminuídas , como se costuma dizer, "deslocadas para o vermelho". ele atribuiu esse deslocamento, conhecido por Red Shift, ao efeito Doppler da luz: Como as linhas espectrais da luz das galaxias são recebidas aqui com frequências reduzidas, ele concluiu que há um movimento relativo de afastamento entre as galaxias e a terra
 Obviamente Hubble não propôs um novo modelo geocêntrico, com a terra no centro do universo, e todas galaxias se afastando dela, mais sim que todas as galaxias estão se afastando umas das outras 

 * Nota: A cada linha do espectro de ado átomo de um elemento químico existe uma linha de mesma frequência em seu espectro de emissão. Entretanto não é verdade que toda linha presente no espectro de emissão aparece no de absorção. Apenas determinando linhas do espectro de emissão presentes   no espectro de absorção 


sábado, 21 de fevereiro de 2015



     A Equivalência entre massa e energia

  Considere uma pedra em repouso em relação ao solo ... Sendo m0 sua massa de repouso, pode-se demostrar que essa massa equivale a uma energia intrínseca E0, dada por E0=m0c²

   por exemplo, se fosse possível aniquilar uma pedra de massa de repouso igual a 1 g, transformando-a totalmente em energia, obteríamos:

  E0=m0c²  = (1.10^-3).(3.10^8) ² --> E0= 9.10^13J

  essa energia seria suficiente para manter acesas 1000 lâmpadas de 100W por quase 30 anos! portanto uma pequeníssima massa equivale a uma enorme quantidade de energia
    Todas as reações que liberam energia,até mesmo as reações exotérmicas, fazem-no por causa de uma perda de massa, que se transformar a em energia :)

  Do exposto, concluímos que a masa é uma forma de energia

  Se um corpo estiver em movimento em relação a um referencial no qual ele possui uma massa de repouso igual a m0, sua energia total será dada por:

   E=mc²

em que "m" é a massa relativística do corpo
   Essa energia total E é a soma da energia de repouso do corpo, Eo com sua energia cinética Ec:
   
  E=E0+Ec


 -  EXEMPLOS CURIOSOS

1º:  Quando você aquece 1kg de água, de 0 a 100ºC, a água absorve cerca de 4.10^5J de energia. com isso, sua massa de repouso sofre um acréscimo de 4.10^-12 Kg, aproximadamente

2º: Se você deformar uma mola, armazenando nela 180J de energia potencial elástica, sua massa aumentara de 2.10^-15Kg

3º: A reação do hidrogênio com o oxigênio para formação da agua é exotérmica, ou seja, libera energia térmica. Para cada mol de água formada, é liberada uma energia de 68Kcal. o que equivale a uma perda de massa dos reagentes aproximadamente igual a 3.10^-9 g

 * Nos três exemplos que citamos, faça os cálculos e confira as variações de massa ;)


~Davi

 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015



   A Força nuclear forte é responsável pela estabilidade de núcleos atômicos, Permitindo, por exemplo que prótons -- partículas dotadas de carga elétrica positiva --, a despeito da extraordinária repulsão eletrostática existente entre eles, mantenham~se coesos dentro do núcleo do átomo

  Nós processos de fusão nuclear, em que núcleos leves se aderem para formar elementos mais massivos, e nos processos de fissão nuclear, em que núcleos pesados  são desmantelados e dão origem a isótopos menores, ocorre liberação de enormes quantidades de energia e, em ambos os casos, as forças nucleares fortes exercem papel preponderante. Essas forças no entanto, restringem-se aos núcleos atômicos, manisfestando-se apenas em distancias da ordem de 10^-15m.
  Acredita-se que a força nuclear forte atue também nos quanrks, os supostos componentes de prótons e nêutrons. Nessas últimas interações tal força recebe a denominação de carga de cor, que nada tem a ver com carga elétrica ou cor.


 



    Entre o final do Século XIX e o principio do século XX, varios fatos importantes não estavam explicados. Como sabemos, alguns foram esclarecidos pela física quântica. Entretanto, outras questões continuavam sem respostas. Estas só foram dada por outra teoria: a Teoria da Relatividade postulada por Albert Einstein.
  Essa teoria, que introduziu profundas transformações em conceitos básicos, é composta de duas partes.
 Uma delas é a Teoria da Relatividade Restrita ( ou Especial ), publicada por Einstein em 1905, quando ele tinha 26 anos de idade. Nessa parte, todos os fenômenos são analisados em relação a referenciais necessariamente Inerciais
 A outra parte é a teoria da Relatividade Geral, publicada em 1091, que aborda fenômenos do ponto de vista não Inerciais
 
 é Importante destacar que a Teoria da Relatividade não destruiu a Mecânica Newtoniana, que continua válida para velocidades muito pequenas em comparação a velocidade da luz no vacuo ( 300.000 km/s )

    - Os Postulados de Einstein

     Einstein Construiu a Teoria da Relatividade Restrita com base em dois postulados

  1º As Leis da física são as mesmas, expresas por equações que têm a mesma forma, em qualquer referencial inercial. Não existe um referencial Inercial privilegiado.

2º A Velocidade da luz no Vácuo tem o mesmo valor c ( c=300.000km/s) em relação a qualquer referencial Inercial
A dualidade da luz

  Segundo o modelo ondulatório de Maxwell segundo o qual a luz ( e qualquer outra radiação eletromagnética ) é uma onda eletromagnética, e o modelo quântico, em que a luz ( e qualquer outra radiação eletromagnética ) é constituída de partículas denominadas fótons, é natural que surja a seguinte pergunta... Afinal a luz é onda ou partícula ?

   Bem, a resposta atual a essa pergunta é: Dependendo do fenômeno, a luz comporta-se como onda ou partícula. Então não se diz que a luz é, mais sim como ela se comporta em cada fenômeno
  A Interferência e a difração da luz só podem ser explicadas pelo modelo ondulatório, Já o efeito fotoelétrico só pode ser explicado pelo modelo quântico das partículas denominadas fótons que já citamos aqui... Portanto, os dois modelos são necessários e se complementam: usando um outro, nenhum fenômeno deixa de ser explicado.
  Esse duplo comportamento da luz dá-se o nome de dualidade onda-partícula

   É importante destacar que a luz, assim como as demais radiações eletromagnéticas, nunca exibe os dois comportamentos ao mesmo tempo. Esse é o principio da Complementariedade proposto pelo físico dinamarquês Neils Bohr ( 1885 - 1962 ) como você provavelmente deve ter visto no Ensino Médio

~Davi





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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Chuvas de meteoros



         Principais chuvas de meteoros

         Na tabela abaixo veja as principais chuvas de meteoros.
         As chuvas que terão maior destaque, estarão com nome em negrito.
           Abaixo da tabela, segue legenda com a descrição dos campos.




Chuvas MeteóricasDatasTaxaPosição do RadianteAstro Associado
NomeAbrev.MáximoDuraçãoTHZConst.ARDecCometa ou Asteróide
QuadrantídeasQUA03 Jan28 Dez - 07 Jan120Boo230°+45°
Alfa-CentaurídeasACE08 Fev28 Jan - 21 Fev10Cen210°-59°
Gama-NormídeasGNO13 Mar25 Fev - 22 Mar5Nor249°-51°
LirídeasLYR22 Abr16 Abr - 25 Abr15Lyr271°+34°Thatcher C/1861 G1
Pi-PupídeasPPU23 Abr15 Abr - 28 Abrvar.Pup110°-45°26P/Grigg-Skjellerup
Eta-AquarídeasETA05 Mai21 Abr - 12 Mai50Aqr338°-01°1P/ Halley
LibrídeasLIB06 Mai01 Mai - 09 Mai4Lib223°-18°
Delta-Aquarídeas AustraisSDA29 Jul14 Jul - 18 Ago15Aqr339°-17°
Pisces-AustralídeasPAU30 Jul16 Jul - 13 Ago5PsA341°-30°
Alfa-CapricornídeasCAP01 Ago03 Jul - 15 Ago8Cap307°-10°Honda-Mrkos-Pajdusakova
Iota-Aquarídeas AustraisSIA04 Ago25 Jul - 15 Ago5Aqr334°-15°2P/ Encke
Delta-Aquarídeas BoreaisNDA08 Ago15 Jul - 25 Ago5Aqr334°-05°2P/ Encke
PerseídeasPER12 Ago23 Jul - 22 Ago80Per47°+57°Swift-Tuttle 1862 III
Kappa-CignídeasKCG18 Ago03 Ago - 25 Ago5Cyg289°+55°
Iota-Aquarídeas BoreaisNIA19 Ago11 Ago - 31 Ago5Aqr327-06°
Alfa-AurigídeasAUR01 Set25 Ago - 05 Set10Aur84°+42°Kiess 1911 II
PiscídeasSPI19 Set01 Set - 30 Set5Psc05°-1°
DraconídeasGIA08 Out06 Out - 10 Outvar.Dra262°+54°Giacobini-Zinner
OrionídeasORI21 Out15 Out - 29 Out20Ori95°+16°1P/ Halley
Taurídeas AustraisSTA05 Nov01 Out - 25 Nov7Tau52°+13°2P/ Encke
Taurídeas BoreaisNTA08 Nov01 Out - 25 Nov7Tau58°+22°2P/ Encke
LeonídeasLEO17 Nov14 Nov - 20 Nov100(var.)Leo153°+22°55P/ Temple-Tuttle
Alfa-MonocerotídeasAMO21 Nov15 Nov - 25 Novvar.Mon117°+01°
FoenicídeasPHO05 Dez28 Nov - 09 Dez5Pho018°-53°Blanpain 1819 IV
Pupídeas-VelídiasPUP07 Dez01 Dez - 15 Dez10Vel123°-45°
GeminídeasGEM14 Dez09 Dez - 19 Dez80Gem113°+32°3200 Phaeton (asteróide)
UrsídeasURS22 Dez17 Dez - 24 Dez10UMa217°+76°8/P Tuttle


Legenda
Nome - nome do enxame
Abrev. - abreviação utilizada internacionalmente
Máximo - data de atividade máxima
Duração - período aproximado de atividade
THZ - taxa horária de meteoros ( zenital ) ; var : variável
Const - constelação onde se encontra o radiante
AR - ascenção reta do radiante
Dec - declinação do radiante
Cometa ou Asteróide - astro associado, caso seja conhecido

Fonte: Galeria do Meteorito 

Chuva de Meteoros Orionídeas 2014 


  A chuva de meteoros Orionids ou Orionídeas não é a mais intensa em termos de taxa horária, mas é uma das chuvas mais bonitas do ano. 
   A chuva de meteoros Orionídeas é emoldurada por algumas das mais brilhantes estrelas do céu. A Constelações de Touro, Gêmeos e Orion oferecem um cenário brilhante para a exibição. As estrela Sirius, Canopus, Capella alem de Betelgeuse e Rigel em Orion também aparecem no céu.

Mapa do céu em 21 de outubro, aproximadamente às 01:30h

Orioniades
  Em outubro teremos a chance de observar a chuva de meteoros Orionídeas. Neste ano (2014) a chuva vai acontecer perto do equador celeste. Isso significa que será igualmente visível em ambos os hemisférios norte e sul. Se você estiver no lugar certo, na hora certa e olhando na direção correta, você poderá ver até 20 meteoros por hora. Será a segunda vez no ano que ocorrerá esse fenômeno que tem origem na passagem da Terra pela poeira e detritos liberados pelo cometa Halley (nota: a primeira foi a Eta Aquarids, em maio). O ponto de onde os meteoros serão irradiados está localizado dentro da constelação de Orion (visível no Hemisfério Sul)
A chuva de meteoros Orionídeas geralmente começa em 15 de outubro e vai até o dia 29 do mesmo mes. O pico da chuva pode durar duas ou três noites aproximadamente, entre 21 a 23 de outubro.
Nota: Chuvas de meteoros conhecidas popurlarmente como estrelas cadentes, ocorrem periodicamente, sempre que o planeta Terra atravessa a órbita de algum cometa. No entanto, a intensidade das chuvas é sempre diferente.
Lembrando que a de maio é a Eta Aquarids, e a de outubro, a Orionídea.
Vá para fora, encontre um local escuro e olhe para Nordeste (NE) a Leste (L), perto da constelação de Orion, como mostra o mapa celeste acima. Essa chuva de meteoros são para os madrugadores. A melhor horário para ver as Orionideas é entre 00:00h até o amanhecer. O radiante é “próximo” e estrela Betelgeuse em Orion.

  A maioria dos meteoros parecem vir de um determinado ponto no céu, o chamado radiante. As chuvas de meteoros comumente recebem o nome da constelação em que o radiante é encontrado, e ocorre anualmente durante um período de tempo bem definido. No nosso caso as Orioniadeas parecem se originar na constelação de Orion, mas fica só nisso, na verdade essa chuva não vem de Orion, portanto a constelação é apenas um ponto de referência no céu.
Orion

Fonte: Bússola de Plasma 

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